Cresce o número de vítimas em São José dos Campos

Levantamento revela aumento do número de pacientes internados na rede pública; convencer usuário ao tratamento é o principal desafio.

O número de dependentes químicos internados pela Prefeitura de São José dos Campos, em vagas do SUS (Sistema Único de Saúde) na cidade, quadruplicou nos últimos dois anos.

Levando em conta as internações feitas em janeiro, a administração encaminhou 22 pacientes em 2010 e 28, em 2011. Já em 2012, o número saltou para 101.

O crescimento tem duas explicações. A primeira é o aumento do número de dependentes químicos nas ruas da cidade, embora não haja nenhuma pesquisa sobre o assunto. Atualmente, pelo menos quatro ‘cracolândias’ estão em atividade na cidade.

A segunda causa é a oferta maior de vagas para a internação. Antes de 2011, elas eram feitas apenas nos hospitais psiquiátricos Francisca Júlia e Chuí, conveniados da prefeitura. Em ambos, segundo a Secretaria de Saúde, há 284 leitos disponíveis para internação.

Em 2012, a prefeitura acertou um convênio com a Comunidade Nova Esperança (comunidade terapêutica especializada no tratamento de dependentes químicos), que abriu 90 vagas em duas unidades no Parque Interlagos, na zona sul. Elas podem ser preenchidas tanto por pacientes encaminhados pela Saúde quanto pela SDS (Secretaria de Desenvolvimento Social), que dá preferência aos moradores de rua.

Hoje, a comunidade atende 45 pessoas encaminhadas pela SDS e 20, pela Saúde. Nos dois hospitais psiquiátricos, 36 dependentes foram internados em janeiro pela prefeitura.

Adesão
Para tirar os dependentes das ruas, porém, o desafio continua sendo aumentar a adesão espontânea ao tratamento. Eles só são internados por vontade própria.

“Fui abordado umas seis vezes até aceitar. Não é fácil, mas estou me livrando do crack”, disse Sandro Oliveira, 31 anos, internado há sete meses.

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